Psicologia

Hoje é costume falar sobre seus benefícios para a saúde, tanto física quanto mental. Um sexólogo explica quando a masturbação pode ser perigosa e o que fazer a respeito.

Masturbação: norma e vício

A masturbação pode ser uma ótima maneira de aliviar a tensão ou lidar com a fome sexual na ausência de um parceiro. Para a maioria de nós, é uma parte natural da vida e uma sexualidade saudável. Mas acontece que o desejo de auto-satisfação ultrapassa os limites da razão.

Nestes casos, o «sexo seguro» pode tornar-se viciante e ter as mesmas consequências fatais e devastadoras que, por exemplo, a toxicodependência ou o álcool.

Preferindo a masturbação a relacionamentos íntimos com um parceiro, nos encontramos isolados. Além disso, em algum momento deixamos de controlar nossos impulsos em locais públicos.

De onde vem esse vício?

Quando uma criança é traumatizada ou abusada, ela não tem oportunidades de expressar raiva, desespero ou tristeza. Além disso, pode haver uma proibição aberta ou tácita na família de reclamar e falar sobre suas experiências. Temendo um conflito aberto, a criança pode colocar as necessidades de seu(s) agressor(es) ou familiares disfuncionais à frente de seus próprios desejos.

Essas emoções negativas da infância não desaparecem, mas causam desconforto interno que precisa ser resolvido e, sem acesso a um psicoterapeuta ou apoio de entes queridos, a criança pode desenvolver uma tendência ao vício.

A masturbação é uma das formas mais acessíveis de abafar o sofrimento: para se acalmar, você só precisa do seu próprio corpo. De certa forma, esta é uma “droga” única que o dinheiro não pode comprar. Infelizmente, para muitos viciados em sexo, a masturbação torna-se sua primeira «dose».

Ansiedade, medo, ciúme e outras emoções básicas podem desencadear instantaneamente a necessidade de autogratificação. O viciado não tem tempo para fazer uma conexão entre o estresse e sua resposta a ele.

O que fazer se a masturbação se tornar uma necessidade obsessiva?

Aconselho em primeiro lugar a dominar várias formas de auto-calmante: meditação, caminhada, exercícios respiratórios, ioga. Isso ajudará a normalizar sua vida sexual.


Sobre a autora: Alexandra Katehakis é sexóloga, diretora do Healthy Sex Center em Los Angeles e autora de Erotic Intelligence: How to Ignite Strong, Healthy Desire and Break Sexual Addiction.

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