Contracepção – pílulas anticoncepcionais e sua eficácia

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Para alguns, a contracepção é uma invenção que combina com a descoberta de Copérnico. Outros o vêem como a causa da crise demográfica na Europa. Há quem o considere um instrumento pecaminoso de Satanás. A pílula anticoncepcional está completando 50 anos e está indo bem.

Múltiplos papéis da contracepção

O advento da pílula anticoncepcional não foi apenas uma invenção médica. Também foi associado à mudança do papel da mulher na sociedade. Conforme enfatizado pelas feministas, a mulher deixou de lidar apenas com o parto e a criação dos filhos. Ela foi capaz de educar-se e desenvolver sua própria carreira profissional. Ela também poderia obter satisfação da relação sexual sem arriscar uma gravidez indesejada. A demanda por contracepção eficaz também cresceu junto com a convicção de que não basta ter um filho, é preciso criá-lo e educá-lo, o que exige tempo e dinheiro. No entanto, os opositores da pílula ainda acreditam que é um método anticoncepcional não natural.

– Se um homem se adaptasse ao ritmo da natureza, ele teria relações sexuais principalmente no período fértil de uma mulher, para quem o momento mais favorável para engravidar pela primeira vez seria aos 16 anos – diz o professor Romuald Dębski, Chefe da Segunda Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Bielański em Varsóvia. – A medicina reduziu a influência da natureza na vida humana de forma tão significativa que hoje seria hipócrita fingir que não existem óculos, antibióticos ou transplantes – acrescenta.

História da contracepção

As pessoas nos tempos antigos viam uma conexão entre a relação sexual e o nascimento de filhos. Eles não sabiam, no entanto, que é possível engravidar em um determinado ponto do ciclo menstrual da mulher. A anticoncepção antiga, portanto, concentrava-se principalmente em impedir que o esperma masculino chegasse ao interior de uma mulher. Observações efetivas foram feitas primeiro em animais.

Muitas centenas de anos atrás, os beduínos, antes das caravanas partirem para o deserto, colocavam pedras no ventre dos camelos para que não engravidassem durante as longas viagens. Em papiros egípcios de 4000 anos atrás, descobriu-se que as mulheres eram instruídas a colocar uma massa vaginal de excremento de crocodilo misturado com massa.

As mulheres aborígenes australianas removem o sêmen da vagina fazendo movimentos bruscos e sacudindo os quadris. Os antigos gregos recomendavam espirros agachados após a relação sexual, e o “pai da medicina” Hipócrates era um defensor de enxaguar a vagina com um jato de urina. O pai do preservativo moderno foi o médico italiano do século XNUMX Gabriele Falloppe. Os primeiros preservativos foram feitos de intestinos de animais, bexigas natatórias de peixes e, na América, de peles de cobras. Antes da Segunda Guerra Mundial, o médico alemão Ernest Grafenberg colocou os chamados “anéis Grafenberg” consistindo de prata alemã (uma liga de prata com cobre). O trabalho pioneiro de Grafenberg foi condenado pela Sociedade Ginecológica Alemã, que o obrigou a emigrar para os Estados Unidos.

Estrogênio e progesterona na contracepção

– A milestone in the history of contraception was the discovery of hormones related to the menstrual cycle – the dominant estrogen in the first phase and progesterone in the second phase – explains Prof. Romuald Dębski. It has been noticed that pregnant women and women who have intercourse with progesterone dominance during the cycle do not become fertilized. In the XNUMXs in the USA, the Jew Gregory Pinkus undertook research on the effects of hormones regulating ovulation. He assumed that if a woman becomes infertile during pregnancy, it is necessary to provoke a hormonal situation in her body similar to that prevailing at that time, i.e. to give her progesterone. Earlier, Austrian biologist Ludwig Haberland had injected female rabbits with extract from the ovaries of pregnant rabbits, which made them infertile. The problem was how to get the hormones we needed. Thousands of pig’s ovaries were used to produce them.

A primeira pílula anticoncepcional

Acredita-se que o químico, poeta e romancista Carl Djerassi seja o pai da pílula anticoncepcional. Como jovem doutor em química, liderou uma equipe internacional nos EUA, que em 1951 inventou a primeira substância que tinha estrutura e ação semelhante ao hormônio natural do corpo – a progesterona. Ele usou plantas para produzi-lo. No entanto, para registrar a pílula anticoncepcional, os resultados dos estudos realizados até agora em animais tiveram que ser confirmados em humanos. Nos Estados Unidos, a partir de 1873, a Lei de Comstock proibiu a pesquisa sobre contracepção. Por esta razão, os ensaios clínicos foram realizados no protetorado americano, onde essas proibições restritivas não se aplicavam – em Porto Rico.

Quando os resultados foram confirmados, as barreiras mentais ainda precisavam ser superadas. Os conservadores americanos consideravam a pílula anticoncepcional uma invenção anticristã e bolchevique para a destruição do povo americano. No entanto, em 1960, a primeira pílula anticoncepcional, Enovid, foi registrada nos EUA. Logo depois, as pílulas anticoncepcionais foram produzidas por 7 empresas farmacêuticas americanas. Em meados dos anos 60, o valor das vendas aumentou 50%. cada ano. Na Europa, o primeiro a comercializar o anticoncepcional foi o Reino Unido em 1961. A pílula anticoncepcional foi entregue à França apenas em 1967.

Opositores da contracepção

Já em 1968, o Papa Paulo VI condenou a contracepção em sua encíclica Humanae vitae. Estudos também têm sido realizados para comprovar o efeito adverso do uso de pílulas anticoncepcionais no aumento da incidência de doenças cardiovasculares e câncer de mama. Os opositores da contracepção hormonal declararam-na incompatível com a natureza. O professor Romuald Dębski admite que as primeiras pílulas anticoncepcionais tiveram um impacto negativo na saúde das mulheres. – A primeira pílula anticoncepcional continha 10 mg de equivalente de progesterona, preparações modernas 0,35. Assim, o conteúdo foi reduzido quase 30 vezes. Além disso, as últimas preparações imitam o ciclo fisiológico natural da mulher – primeiro liberam estradiol, hormônio idêntico ao produzido pelos ovários femininos, e depois o equivalente à progesterona.

A segurança da contracepção

– Medicamentos hormonais modernos usados ​​há muito tempo não só não causam o risco de câncer de mama, mas também reduzem o risco de câncer de ovário, câncer de endométrio – explica o Prof. Debski. Ele acrescenta que, claro, existem contraindicações, como o tabagismo, que, aliado aos anticoncepcionais hormonais, aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Mulheres com problemas de fígado ou vesícula biliar são aconselhadas a usar contracepção hormonal na forma de adesivos ou anéis vaginais. O professor Mariusz Bidziński, presidente da Sociedade Polonesa de Ginecologia Oncológica, também acredita que os anticoncepcionais modernos são seguros desde que a mulher observe as visitas regulares ao ginecologista. Tanto para as mulheres que usam contracepção hormonal quanto para as que não usam esses métodos de contracepção, a frequência dessas visitas é de uma vez ao ano.

A eficácia das pílulas

– Pílulas anticoncepcionais são mais eficazes que espermicidas ou camisinhas – diz o prof. Debski. Os fabricantes de pílulas fornecem quase 100% de proteção contra a gravidez. Então, de onde vêm os bebês concebidos durante a terapia anticoncepcional? O professor Dębski explica que são casos extremamente raros que resultam da ingestão irregular de comprimidos. As mulheres se esquecem de tomar um comprimido. Portanto, agora o padrão de sua recepção está mudando. – Hoje, o modelo clássico de tomar o comprimido 21/7 não é mais válido, ou seja, levando em consideração os períodos de retirada semanais, quando há sangramento, o que é uma prova da ausência de gravidez para a paciente. Devido à eficácia muito alta dos medicamentos contraceptivos e à disponibilidade de testes de gravidez, as mulheres não precisam mais dessa confirmação. Em vez disso, são oferecidos pacotes de pílulas contendo 28 comprimidos para o ciclo de 28 dias. 24 comprimidos da embalagem contêm hormônios e os 4 restantes são hormonalmente inativos. Esses comprimidos vazios são introduzidos, entre outros, para acostumar o paciente a tomar o medicamento todos os dias – explica o Prof. Debski.

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