Educação: 5 dicas para parar de ceder à chantagem emocional de crianças

1-Não confunda necessidade e manuseio

O bebê usa uma forma de manipulação necessário. Seu choro, seu choro, seu trêmulo são seus únicos meios de comunicação para obter a satisfação de suas necessidades primárias (fome, abraço, sono...). “Se esses pedidos são experimentados como caprichos, é porque o pai não tem a disponibilidade psíquica necessária para ouvi-los (depois de uma noite sem dormir, por exemplo)”, explica Gilles-Marie Valet, psiquiatra infantil.

Mais tarde, por volta de 1 ano e meio a 2 anos, quando a criança começa a dominar a linguagem e a comunicação em sentido amplo, seus pedidos e reações podem se tornar intencionais e, portanto, assemelhar-se chantagem. “As crianças percebem que podem, por exemplo, se beneficiar com um belo sorriso ou raiva em público”, ri a terapeuta.

2-Estabeleça as regras com antecedência e cumpra-as

E se o pai ceder ao seu requisitos, a criança lembra que sua técnica funciona. “Para evitar essas cenas, portanto, é melhor estabelecer o maior número possível de regras antes”, lembra o especialista. A maneira de comer, de estar no carro, as corridas, as horas do banho ou a hora de dormir… “Resta o fato que às vezes os pais estão exaustos e preferem ceder. Não importa. Eles podem estar mais firmes no dia seguinte. As crianças são capazes de integrar mudanças, são seres em desenvolvimento! Nada está congelado”, insiste Gilles-Marie Valet.

3- Evite chantagear a si mesmo

" A mente manipulador não é inato. Desenvolve-se nas crianças pela identificação com os adultos ao seu redor”, diz o psiquiatra. Em outras palavras, se as crianças experimentarem o chantagem emocional, é porque os pais usam. “Inconscientemente e também porque nossa educação nos habituou a isso, usamos o “se/se”. “Se você me ajudar a arrumar, você vai assistir a um desenho animado.” Considerando que o “ou/ou” seria muito mais eficaz. “Ou você me ajuda a arrumar e prova para mim que você é um adulto que pode assistir TV.” Ou você não me ajuda e não vai poder assistir”, explica o médico.

“Pode parecer um detalhe, uma nuance de apresentação, mas contém toda a noção de responsabilidade e escolha, tão importante para a criança ganhar autoconfiança e se tornar razoável por conta própria”, continua. Acima de tudo, permite-nos sair do jogo das obrigações em que o chantagem. Como a punição impossível (“você será privado do parque por uma semana!”) Que nós brandimos como uma ameaça…

4-Estar em sincronia com o pai/mãe da criança

Para Gilles-Marie Valet, é claro, se os pais discordam, a criança corre. “Duas soluções: ou a regra a ser respeitada já foi adotada por ambos os pais antes porque eles já falaram sobre isso. Qualquer um dos dois desaparece na hora e adia o debate para mais tarde, na ausência da criança. Não deve ser vivenciado como uma forma de bater, mas um orgulho em oferecer à criança um reação clara e unânime”, desenvolve a terapeuta.

5-Pense primeiro no bem-estar da criança

E o que dizer de la culpa ? Como recusar o brinquedo, o pedaço de bolo, o passeio sem se sentir culpado? “Os pais devem sempre se perguntar o que é bom para a criança. Seu pedido prejudica sua saúde, seu equilíbrio? Se sim, não hesite em dizer não”, responde o especialista. Por outro lado, acontece que as crianças pedem coisas inesperadas que realmente não têm impacto em sua vida diária. Exemplo: “Quero levar este ursinho comigo no caminho para a escola!” “

Nesse tipo de caso, capricho não é. “O pedido tem um significado oculto (aqui uma necessidade de segurança) que às vezes nos escapa no momento. Nesse tipo de caso, se não há motivo para recusar, por que fazê-lo? », comenta o psiquiatra.

(1) Livro publicado pelas Edições Larousse em 2016.

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