“Psyhanul e desista”: seremos mais felizes com isso?

“Largue tudo e não vá a lugar nenhum” é uma fantasia comum de funcionários que estão cansados ​​de sofrer com horas extras ou uma equipe tóxica. Além disso, é promovida ativamente na cultura popular a ideia de que somente “batendo a porta” alguém pode se tornar livre – e, portanto, feliz. Mas vale mesmo a pena ceder ao impulso?

Finalmente sexta-feira! Você está dirigindo para o trabalho de mau humor e mal pode esperar pela noite? Discutir com colegas e escrever mentalmente uma carta de demissão mil vezes por dia?

“Desconforto, raiva, irritação – todas essas emoções nos dizem que algumas de nossas necessidades importantes não estão sendo atendidas, embora possamos nem perceber”, explica a psicóloga e coach Cecily Horshman-Bratwaite.

Nesse caso, a ideia de desistir de “nenhum lugar” pode parecer tentadora, mas esses devaneios muitas vezes só dificultam a visão da realidade. Portanto, os especialistas sugerem olhar para a situação com a mente aberta e direcionar sua raiva justa em uma direção construtiva.

1. Identifique a fonte das emoções negativas

Antes de seguir o exemplo de uma emoção tão poderosa e, para ser honesto, às vezes destrutiva como a raiva, seria útil descobrir: o que a causa? Para muitos, esse passo não é fácil: fomos ensinados desde a infância que raiva, raiva são sentimentos “inaceitáveis”, o que significa que, se os experimentamos, o problema está supostamente em nós e não na situação.

No entanto, você não deve reprimir as emoções, Horshman-Bratwaite tem certeza: “Afinal, sua raiva pode ter boas razões: você é mal pago em comparação com os colegas ou forçado a ficar no escritório até tarde e não tem folga para trabalhar”.

Para entender isso corretamente, o especialista aconselha manter um diário de pensamentos e emoções relacionadas ao trabalho – talvez uma análise do que foi escrito lhe dê alguma solução.

2. Converse com alguém que possa ajudá-lo a ver a situação de fora.

Como a raiva obscurece nossas mentes e nos impede de pensar com clareza, é útil conversar com alguém fora do seu trabalho – de preferência um coach ou psicólogo profissional.

Pode acontecer que seja realmente um ambiente de trabalho tóxico que não pode ser alterado. Mas também pode acontecer que você mesmo não indique claramente sua posição ou defenda os limites.

A psicóloga e coach de carreira Lisa Orbe-Austin lembra que você não precisa aceitar tudo o que um especialista lhe diz com fé, mas pode e até precisa pedir a ele conselhos sobre o que fazer a seguir, que passo tomar para não prejudicar sua carreira.

“É importante lembrar a si mesmo que mesmo que sua vida profissional não pareça certa para você agora, não precisa ser assim para sempre. O principal é planejar seu futuro, pensar estrategicamente e considerar diferentes possibilidades”, diz Orbe-Austin.

3. Faça conexões úteis, não abuse das reclamações

Se você está determinado a seguir em frente, fazer networking, construir uma rede de conexões sociais é um passo absolutamente necessário.

Mas ao se reunir com colegas, parceiros e empregadores em potencial, não deixe que seu estado atual determine como você e seu histórico de trabalho serão aos olhos deles.

Sua tarefa é mostrar-se do melhor lado, e é improvável que um funcionário que esteja sempre reclamando do destino, dos chefes e da indústria seja do interesse de alguém.

4. Faça uma pausa e cuide da sua saúde

Se tiver oportunidade, tire férias e cuide da sua saúde – tanto física quanto mental. Quando lidar com a raiva se torna cada vez mais difícil, Lisa Orbe-Austin aconselha trabalhar seus sentimentos com um especialista – um psicólogo ou psicoterapeuta.

Verifique: talvez algumas sessões com um especialista sejam cobertas pelo seu seguro. “O problema é que, mesmo que você pare agora, a raiva e a raiva simplesmente não vão diminuir”, explica a psicóloga.

“É vital para você colocar seu próprio estado mental em ordem para que você possa seguir em frente. E é melhor fazê-lo enquanto você tem uma fonte de renda constante na forma de seu emprego atual.”

5. Planeje com antecedência - ou prepare-se para as consequências de desistir impulsivamente

Filmes e séries de TV nos ensinam que uma demissão repentina pode ser uma verdadeira libertação, mas poucas pessoas falam sobre as possíveis consequências a longo prazo – incluindo carreira e reputação.

No entanto, se você ainda entende que não há mais força para aguentar, prepare-se, no mínimo, para o fato de os colegas poderem fofocar pelas suas costas – eles não sabem o que está por trás de sua decisão, o que significa que vão condenar você por “não profissionalismo” (“Deixe a empresa a esta hora! E o que vai acontecer com os clientes?!”).

Mas, de uma forma ou de outra, o que certamente não deve ser feito é esperar que a situação se resolva. Sim, talvez um novo chefe adequado venha para sua equipe ou você seja transferido para outro departamento. Mas confiar apenas nisso e não fazer nada é uma abordagem infantil.

Melhor ser proativo: calcule os próximos passos, construa uma rede de conhecidos profissionais, atualize seu currículo e veja as vagas. Tente fazer tudo o que depende de você.

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