Criança: dos 3 aos 6 anos, são ensinados a controlar as suas emoções

Raiva, medo, alegria, excitação… As crianças são esponjas emocionais! E às vezes, sentimos que eles se deixam dominar por esse transbordamento. Catherine Aimelet-Périssol *, médica e psicoterapeuta, ajude-nos a colocar palavras em situações emocionais fortes… e oferece soluções para o bem-estar das crianças, bem como dos pais! 

Ele não quer dormir sozinho em seu quarto

>>Ele tem medo de monstros...

DESCRIÇÃO. “A criança busca segurança. No entanto, seu quarto pode se tornar um espaço de insegurança se ele teve uma experiência ruim lá, teve pesadelos lá… Ele então se sente desamparado e busca a presença do adulto”, explica Catherine Aimelet-Périssol*. É por isso que suas fantasias transbordam: ele tem medo do lobo, tem medo do escuro... Tudo isso é natural e visa atrair o pai para ser tranquilizado.

ADENDO : O papel dos pais é ouvir esse medo, esse desejo de segurança. O psicoterapeuta sugere tranquilizar a criança, mostrando-lhe que tudo está fechado. Se isso não for suficiente, acompanhe-o para que ele mesmo responda ao seu desejo de segurança. Pergunte a ele, por exemplo, o que ele faria se visse um monstro. Assim, ele buscará formas de “se defender”. Sua imaginação fértil deve estar a seu serviço. Ele deve aprender a usá-lo para encontrar soluções.

Você o proíbe de ver um desenho animado

>> Ele está com raiva

DESCRIÇÃO. Por trás da raiva, Catherine Aimelet-Périssol explica que a criança tem acima de tudo um desejo de reconhecimento: “Ele diz a si mesmo que se conseguir o que quer, ele será reconhecido como um ser de pleno direito. No entanto, há um vínculo de subordinação com seus pais. Ele depende deles para se sentir reconhecido”. A criança expressou o desejo de assistir a um desenho animado porque queria, mas também pelo seu desejo de ser reconhecido.

ADENDO : Você pode dizer a ele: “Eu vejo o quão importante este desenho é para você. Eu reconheço como você está com raiva. »Mas o especialista insiste no fato de que devemos manter o conjunto de regras : nenhum desenho animado. Converse com ele para lhe dizer o que ele ama tanto neste filme. Ele pode assim expressar seus gostos, sua sensibilidade. Você sequestra o jeito que ele encontrou para ser reconhecido (veja o desenho), mas você leva em conta a necessidade de reconhecimento da criança, e isso o acalma.

Você planejou uma viagem a um zoológico com seus primos

>>Ele explode de alegria

DESCRIÇÃO. A alegria é uma emoção positiva. Segundo o especialista, para a criança, é uma espécie de recompensa total. “Sua manifestação pode ser avassaladora. Da mesma forma que um adulto ri, não se explica, mas essa emoção está lá. Nós não administramos nossas emoções, nós as vivemos. Eles são naturais e devem ser capazes de se expressar”, explica Catherine Aimelet-Périssol.

ADENDO : Vai ser difícil contrariar esse estouro. Mas o especialista se propõe a desafiar a criança na pepita que desperta sua alegria e desperta nossa curiosidade. Pergunte a ele o que o deixa realmente feliz. É o fato de ver seus primos? Para ir ao zoológico? Por quê ? Concentre-se no motivo. Assim, você o levará a especificar, a nomear, o que é uma fonte de prazer para ele. Ele identificará sua emoção e se acalmará enquanto fala.

 

“Uma ótima técnica para meu filho se acalmar”

Quando Ilies está chateado, ele gagueja. Para acalmá-lo, a fonoaudióloga recomendou a técnica da “boneca de pano”. Ele deve agachar, depois apertar bem as pernas, por 3 minutos, e relaxar completamente. Funciona sempre! Depois, ele está relaxado e pode se expressar com calma. ”

Noureddine, pai de Ilies, 5 anos.

 

O cachorro dela está morto

>> Ele está triste

DESCRIÇÃO. Com a morte de seu animal de estimação, a criança aprende a dor e a separação. “A tristeza também se deve a um sentimento de desamparo. Ele não pode fazer nada contra a morte de seu cachorro”, explica Catherine Aimelet-Périssol.

ADENDO : Devemos acompanhá-lo em sua dor. Por isso, confortá-lo abraçando-o e abraçando-o. “As palavras são bastante vazias. Ele precisa sentir o contato físico das pessoas que ama, se sentir vivo apesar da morte de seu cachorro”, acrescenta o especialista. Vocês podem pensar juntos sobre o que vão fazer com o negócio do cachorro, conversar sobre as lembranças que tem com ele... A ideia é ajudar a criança a descobrir que tem a possibilidade de agir para lutar. seu sentimento de impotência.

Ela fica em seu canto em sua quadra de tênis

>> Ela está intimidada

DESCRIÇÃO. “A criança não se contenta em ter medo diante de uma situação real. Sua imaginação é ativada e assume o controle. Ele acha que as outras pessoas são más. Ele tem uma representação desvalorizada de si mesmo”, diz a psicoterapeuta. Ele assim imagina que os outros têm más intenções, então ele se tranca em suas crenças. Ele também duvida de seu próprio valor em relação aos outros e o medo o paralisa.

ADENDO : “Não se transforma uma criança tímida em uma criança extrovertida que faz toda a assembléia rir”, alerta o médico. “Você tem que conciliar com seu jeito de ser. Sua timidez permite que ele tome seu tempo para identificar os outros. A sua discrição, o seu recuo também são um valor real. Você não precisa necessariamente tentar sair disso. No entanto, é possível limitar sua apreensão indo você mesmo ao instrutor ou a uma criança, por exemplo. Você o coloca em contato com os outros para que ele se sinta mais confortável. O efeito de grupo pode realmente ser impressionante. Seu filho ficará menos intimidado se simpatizar com um ou dois outros pequeninos.

Ele não foi convidado para a festa de aniversário de Jules

>> Ele está decepcionado

DESCRIÇÃO. É uma emoção muito próxima da tristeza, mas também da raiva. Para a criança, não ser convidada pelo namorado é não ser reconhecida, amada. Ele diz a si mesmo que não é interessante e pode experimentar isso como uma rejeição.

ADENDO : Segundo o especialista, é preciso reconhecer que ele esperava algo em termos de valor. Pergunte a ele sobre a natureza de sua crença: “Talvez você pense que ele não te ama mais? »Pergunte se há algo que você possa fazer para ajudá-lo. Lembre-a de que o namorado dela não podia convidar todo mundo para o aniversário dele, que ele tinha que fazer escolhas. Assim como seu filho quando ele convida amigos. Isso o ajudará a entender que também existem critérios materiais que explicam por que ele não é convidado, que o motivo pode não ser emocional. Mude sua mente e lembre-o de suas qualidades.

fundador do site: www.logique-emotionnelle.com

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