Glicerol: como usar esse hidratante?

Glicerol: como usar esse hidratante?

O glicerol tem um poder hidratante incomparável, o que o coloca na vanguarda da cosmetologia. Mas tem muitos outros poderes que explicam seu amplo uso em outras áreas.

A cosmetologia não pode prescindir do glicerol

O glicerol é frequentemente usado como hidratante, solvente e lubrificante. Um hidratante tem a propriedade de fixar a água, ou seja, de hidratar. Um solvente tem o poder de dissolver substâncias. Um lubrificante é usado para reduzir o atrito: aqui, a consistência viscosa do glicerol alisa a pele, lubrifica-a.

O glicerol tem um sabor doce moderado (cerca de 60% do da sacarose) e é mais solúvel do que o sorbitol, que tem menos sabor e às vezes o substitui.

É usado em cremes dentais, enxaguantes bucais, hidratantes, produtos para o cabelo e sabonetes. É também um componente de sabonetes de glicerina, em particular sabonetes de Marselha.

Em resumo, a glicerina tem muitas propriedades:

  • Dá suavidade a muitos produtos;
  • Possui um forte poder hidratante graças à sua capacidade de reter várias vezes o seu peso na água. Assim, forma uma barreira na epiderme, limitando a perda de umidade enquanto restaura a atividade dos lipídios que desempenham um papel essencial na reparação da pele;
  • Possui propriedades emolientes. O termo emoliente em medicina significa: que relaxa os tecidos (do latim mollire, amolece). Figurativamente, suavizando, macio. Ou seja, suaviza a pele e os cabelos mantendo um bom nível de hidratação;
  • Sua função oclusiva permite que a pele fique protegida das agressões externas como vento e poluição;
  • Na prática, é aplicado uma ou duas vezes ao dia, em camada fina.

Uso em dermatologia

A melhor prova de seu poder hidratante é seu uso em dermatologia para aliviar ou mesmo curar lesões crônicas incapacitantes ou acidentais.

  • Por via cutânea, em combinação com parafina e vaselina, o glicerol é utilizado no tratamento de queimaduras, dermatite atópica, ictiose, psoríase, ressecamento da pele;
  • Por via cutânea, em combinação com talco e zinco, o glicerol é utilizado no tratamento da dermatite irritativa e assaduras, em particular em crianças.

Um poder hidratante é incrível

O glicerol ou glicerina é, portanto, um líquido incolor, inodoro, viscoso com um sabor adocicado. Sua molécula possui 3 grupos hidroxila correspondentes a 3 funções do álcool responsáveis ​​por sua solubilidade em água e sua natureza higroscópica.

Uma substância higroscópica é uma substância que tende a reter umidade por absorção ou adsorção. Além disso, o glicerol é mal armazenado e dilui-se ao absorver a umidade do ar.

Os produtos encontrados no mercado contêm glicerol puro ou misturas à base de glicerol. A combinação de glicerol + vaselina + parafina é particularmente interessante. Um efeito protetor da pele também foi demonstrado por testes ex vivo realizados em implantes de tecido deslipidado, ou seja, sem lipídios (sem gordura).

Esses testes mostraram uma rápida reestruturação da barreira lipídica com demonstração da atividade emoliente da combinação Glicerol / Vaselina / Parafina. Essas propriedades, demonstradas em estudos farmaco-clínicos em modelos validados, promovem a restauração do estado de água e da função de barreira da pele, o que pode reduzir os fenômenos de irritação, coceira e coceira. Nota: esta combinação não deve ser usada em pele infectada, nem como curativo oclusivo, ou seja, curativo fechado.

Como o glicerol é feito?

Encontramos a palavra glicerol nos triglicerídeos, muitas vezes medidos no sangue quando pedimos um balanço, mesmo basal. Na verdade, ele está no centro da composição de todos os lipídios (gorduras) do corpo. É uma fonte de energia: assim que o corpo precisa de energia, ele retira o glicerol dos depósitos de gordura e o passa para o sangue.

Existem três fontes de produção de glicerol:

  • Saponificação: se o refrigerante for adicionado a um óleo ou gordura animal ou vegetal, obtém-se um sabão e glicerol. O glicerol é, portanto, um subproduto da fabricação de sabão;
  • A fermentação alcoólica do mosto de uva durante a produção do vinho;
  • A transesterificação de óleos vegetais, que em suma resulta em biodiesel (combustível). Novamente, o glicerol é um subproduto dessa operação.

Podemos comê-lo?

Já vimos que o glicerol entra na composição de muitos produtos farmacêuticos dermatológicos. Mas também é encontrado em medicamentos (poder adoçante dos xaropes), supositórios, sabonetes, cremes dentais. É um substituto agradável para o sorbitol (porque tem um sabor melhor). Tem um poder laxante se absorvido em quantidades suficientes e é fracamente diurético.

E, claro, está presente nos alimentos: é o aditivo E422 que estabiliza, amolece e engrossa certos alimentos. Se acrescentarmos que podemos fazer em casa e que também tem uso doméstico, não estamos longe de torná-lo uma panacéia.

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