Como ler e memorizar: 8 dicas para pessoas inteligentes

 

COMPRE LIVROS DE PAPEL 

Papel ou tela? Minha escolha é clara: papel. Segurando livros reais em nossas mãos, estamos completamente imersos na leitura. Em 2017, fiz uma experiência. Eu coloco as edições em papel de lado e leio do meu telefone por um mês inteiro. Normalmente leio de 4 a 5 livros em 6 semanas, mas depois só terminei 3. Por quê? Porque os dispositivos eletrônicos estão cheios de gatilhos que habilmente nos pegam no gancho. Continuei me distraindo com notificações, e-mails, chamadas recebidas, mídias sociais. Minha atenção vagou, eu não conseguia me concentrar no texto. Tive que reler, lembrar de onde parei, restaurar a cadeia de pensamentos e associações. 

Ler a partir de uma tela de telefone é como mergulhar enquanto prende a respiração. Havia ar suficiente em meus pulmões de leitura por 7-10 minutos. Eu constantemente emergia sem deixar águas rasas. Lendo livros de papel, vamos mergulhar. Explore lentamente as profundezas do oceano e vá direto ao ponto. Se você é um leitor sério, aposente-se com papel. Concentre-se e mergulhe no livro. 

LEIA COM LÁPIS

O escritor e crítico literário George Steiner disse certa vez: “Um intelectual é uma pessoa que segura um lápis enquanto lê”. Tomemos, por exemplo, Voltaire. Tantas notas marginais foram preservadas em sua biblioteca pessoal que, em 1979, foram publicadas em vários volumes sob o título de Voltaire's Reader's Marks Corpus.

 

Trabalhando com um lápis, obtemos um benefício triplo. Marcamos as caixas e enviamos um sinal ao cérebro: “Isto é importante!”. Quando sublinhamos, relemos o texto, o que significa que nos lembramos melhor. Se você deixar comentários nas margens, a absorção de informações se transforma em reflexão ativa. Entramos em diálogo com o autor: pedimos, concordamos, refutamos. Peneire o texto em busca de ouro, colete pérolas de sabedoria e fale com o livro. 

DOBRA OS CANTOS E FAÇA MARCADORES

Na escola, minha mãe me chamava de bárbaro, e minha professora de literatura me elogiava e me dava exemplo. “É assim que se lê!” – disse Olga Vladimirovna com aprovação, mostrando a toda a turma o meu “Herói do Nosso Tempo”. Um livrinho velho e dilapidado da biblioteca da casa estava coberto de cima a baixo, todo em cantos enrolados e marcadores coloridos. Azul – Pechorin, vermelho – imagens femininas, verde – descrições da natureza. Com marcadores amarelos, marquei as páginas das quais queria escrever citações. 

Há rumores de que na Londres medieval, os amantes de dobrar os cantos dos livros foram espancados com um chicote e presos por 7 anos. Na universidade, nosso bibliotecário também não fazia cerimónias: recusava-se terminantemente a aceitar livros “estragados” e mandava os alunos que pecaram por novos. Seja respeitoso com a coleção da biblioteca, mas seja ousado com seus livros. Sublinhe, faça anotações nas margens e use marcadores. Com a ajuda deles, você pode encontrar facilmente passagens importantes e atualizar sua leitura. 

FAZER RESUMO

Costumávamos escrever redações na escola. No ensino médio – palestras delineadas. Como adultos, de alguma forma esperamos ter a super capacidade de lembrar de tudo pela primeira vez. Infelizmente! 

Vamos nos voltar para a ciência. A memória humana é de curto prazo, operacional e de longo prazo. A memória de curto prazo percebe as informações superficialmente e as retém por menos de um minuto. Operacional armazena dados na mente por até 10 horas. A memória mais confiável é a de longo prazo. Nela, o conhecimento se fixa por anos, e especialmente importantes – para a vida.

 

Os resumos permitem que você transfira informações do armazenamento de curto prazo para o armazenamento de longo prazo. Lendo, digitalizamos o texto e nos concentramos no principal. Quando reescrevemos e pronunciamos, lembramos visualmente e auditivamente. Tome notas e não tenha preguiça de escrever à mão. Os cientistas afirmam que escrever envolve mais áreas do cérebro do que digitar em um computador. 

INSCREVA-SE ORÇAMENTOS

Meu amigo Sveta é um livro de citações ambulantes. Ela sabe de cor dezenas de poemas de Bunin, lembra-se de fragmentos inteiros da Ilíada de Homero e habilmente tece as declarações de Steve Jobs, Bill Gates e Bruce Lee na conversa. “Como ela consegue manter todas essas citações na cabeça?” - você pergunta. Facilmente! Ainda na escola, Sveta começou a escrever os aforismos de que gostava. Ela agora tem mais de 200 cadernos de citações em sua coleção. Para cada livro que você lê, um caderno. “Graças às citações, lembro-me rapidamente do conteúdo. Bem, claro, é sempre bom mostrar uma declaração espirituosa em uma conversa. Ótimo conselho - aceite! 

DESENHAR MAPA DE INTELIGÊNCIA

Você já deve ter ouvido falar em mapas mentais. Eles também são chamados de mapas mentais, mapas mentais ou mapas mentais. A brilhante ideia pertence a Tony Buzan, que descreveu a técnica pela primeira vez em 1974 no livro “Work with your head”. Os mapas mentais são adequados para quem está cansado de fazer anotações. Você gosta de ser criativo na memorização de informações? Então vá em frente! 

Pegue uma caneta e uma folha de papel. Centralize a ideia-chave do livro. Desenhe setas para associações em diferentes direções. De cada um deles desenhe novas setas para novas associações. Você terá uma estrutura visual do livro. A informação se tornará um caminho e você se lembrará facilmente dos pensamentos principais. 

LIVROS DE DISCUSSÃO

O autor do learnstreaming.com Dennis Callahan publica materiais que inspiram as pessoas a aprender. Ele vive pelo lema: “Olhe ao redor, aprenda algo novo e conte ao mundo sobre isso”. A nobre causa de Dennis beneficia não apenas aqueles ao seu redor, mas também a si mesmo. Ao compartilhar com os outros, renovamos o que aprendemos.

 

Quer testar o quão bem você se lembra de um livro? Não há nada mais fácil! Conte isso a seus amigos. Organize um debate real, discuta, troque ideias. Após essa sessão de brainstorming, você simplesmente não será capaz de esquecer o que leu! 

LER E AGIR

Há alguns meses, li The Science of Communication, de Vanessa van Edwards. Em um dos capítulos, ela aconselha dizer “eu também” com mais frequência para encontrar uma linguagem comum com outras pessoas. Pratiquei uma semana inteira. 

Você também gosta de O Senhor dos Anéis? Adorei, já assisti centenas de vezes!

– Você gosta de correr? Eu também!

— Uau, você já esteve na Índia? Nós também fomos há três anos!

Percebi que todas as vezes havia um caloroso senso de comunidade entre mim e o interlocutor. Desde então, em qualquer conversa, procuro o que nos une. Esse truque simples levou minhas habilidades de comunicação para o próximo nível. 

É assim que a teoria se torna prática. Não tente ler muito e rapidamente. Escolha alguns bons livros, estude-os e aplique com ousadia os novos conhecimentos na vida! É impossível esquecer o que usamos todos os dias. 

A leitura inteligente é uma leitura ativa. Não economize em livros de papel, mantenha um lápis e um livro de citações à mão, faça anotações, desenhe mapas mentais. Mais importante ainda, leia com a firme intenção de lembrar. Viva os livros! 

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