Meu filho está disfásico: o que fazer?

A disfasia é um distúrbio estrutural e duradouro no aprendizado e no desenvolvimento da linguagem oral. Disfásicos, como os disléxicos, são crianças sem história, de inteligência normal e sem lesão neurológica, problema sensorial, defeito anatômico, transtorno de personalidade ou deficiência educacional.

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Você tem um menino? Fique atento: os homenzinhos são, estatisticamente, mais afetados do que as meninas.

Tipos de disfasia

Existem dois tipos principais de disfasia: disfasia receptiva (incomum) e disfasia expressiva.

No primeiro caso, a criança ouve corretamente, mas não consegue analisar os sons da linguagem e entender a que correspondem.

No segundo caso, o jovem compreende tudo o que ouve, mas não consegue escolher os sons que constituem a palavra certa ou a sintaxe certa.

Em alguns casos, a disfasia pode ser mista, ou seja, uma combinação das duas formas.

Na prática, o disfásico não consegue usar a linguagem para trocar, expressar seus pensamentos com os outros. Ao contrário de sua capacidade de falar, outras funções superiores (habilidades motoras, inteligência) são preservadas.

Os graus de gravidade do transtorno são variáveis: compreensão, vocabulário, sintaxe podem ser alcançados a ponto de impedir a transmissão de informações.

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1% da população escolar seria acometida por esse transtorno, presente desde o início do aprendizado da linguagem oral.

Disfasia: quais exames?

O médico irá prescrever, caso ainda não tenha sido feito, uma avaliação otorrinolaringológica (otorrinolaringologia) com avaliação auditiva.

Se não houver déficit sensorial, vá ao neuropsicólogo e fonoaudiólogo para uma avaliação completa.

Na maioria das vezes é o terapia de fala que aponta para o caminho da disfasia.

Mas não espere ter um diagnóstico claro e definitivo antes dos cinco anos de idade. Inicialmente, o fonoaudiólogo suspeitará de uma possível disfasia e providenciará os devidos cuidados. Uma situação que Hélène está enfrentando atualmente: ” Thomas, de 5 anos, é acompanhado há 2 anos por um fonoaudiólogo a uma taxa de duas sessões por semana. Pensando em disfasia, ela fez um checkup nele. Segundo a neuro-pediatra, ainda é cedo para dizer. Ele o verá novamente no final de 2007. No momento, estamos falando sobre o atraso da linguagem.".

Avaliação neuropsicológica permite verificar se não há transtornos associados (deficiência mental, déficit de atenção, hiperatividade) e definir o tipo de disfasia de que seu filho sofre. Graças a este exame, o médico identificará os déficits e as forças de seu pequeno paciente e proporá uma reabilitação.

Testes de linguagem

O exame praticado pelo fonoaudiólogo assenta nos três eixos essenciais à construção e organização da função linguística: capacidades de interação e comunicação não-verbal, capacidades cognitivas, capacidades propriamente linguísticas.

Concretamente, trata-se de repetições de sons, ritmos de palavras e enunciados, nomes de imagens e performances dadas oralmente.

Qual tratamento para a disfasia?

Segredo nenhum: para progredir, deve ser estimulado.

Expresse-se na linguagem do dia-a-dia, simplesmente, sem "bebê" ou palavras excessivamente complexas.

Crianças com disfasia tendem a confundir certos sons, o que leva a confusões de significado. Usar um auxílio visual ou fazer um gesto para acompanhar certos sons é uma técnica recomendada por médicos especializados em reabilitação da linguagem. Mas não confunda esse “truque”, que pode ser usado nas aulas com o professor, com a aprendizagem mais complexa da língua de sinais.

Progresso passo a passo

A disfasia é um distúrbio que só pode evoluir positivamente sem desaparecer. Dependendo do caso, o andamento será mais ou menos lento. Portanto, será necessário ter paciência e nunca desistir. O objetivo não é obter uma linguagem perfeita a todo custo, mas uma comunicação ideal.

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