Psicologia

Não é nenhum segredo que a busca por emoções vívidas muitas vezes se transforma em uma sensação de vazio. Por que isso está acontecendo e, o mais importante, o que fazer a respeito?

- Sentimos falta de emoções positivas! me contou uma criteriosa criança de XNUMX anos, pensando por que existem tantos tipos diferentes de distúrbios emocionais hoje.

- E o que fazer?

— Precisamos de mais emoções positivas! veio a resposta lógica.

Muitos tentam concretizar essa ideia, mas por algum motivo não conseguem se tornar mais felizes. Um aumento de curto prazo é substituído por um declínio. E uma sensação de vazio.

É familiar para muitos: o vazio interior torna-se tangível, por exemplo, depois de uma festa barulhenta onde se divertiu muito, mas assim que as vozes se calam, dá uma sensação de saudade na alma… Jogar muito tempo no computador tempo você sente muito prazer, mas quando você sai do mundo virtual, do prazer não há vestígios - apenas cansaço.

Que conselhos ouvimos quando tentamos nos encher de emoções positivas? Encontrar amigos, praticar um hobby, viajar, praticar esportes, sair para a natureza… Mas muitas vezes esses métodos aparentemente conhecidos não são encorajadores. Por que?

Tentar encher-se de emoções significa acender tantas luzes quanto possível em vez de ver o que elas sinalizam.

O erro é que as emoções por si só não podem nos preencher. As emoções são uma espécie de sinais, lâmpadas no painel. Tentar encher-se de emoções significa acender o máximo de lâmpadas possível, em vez de ir olhar – o que elas sinalizam?

Muitas vezes confundimos dois estados muito diferentes: prazer e satisfação. A saciedade (física ou emocional) está associada à satisfação. E o prazer dá sabor à vida, mas não satura…

A satisfação surge quando percebo o que é valioso e importante para mim. Viajar pode ser uma experiência maravilhosa quando realizo meu sonho, e não ajo segundo o princípio “vamos para algum lugar, estou cansado da rotina”. Encontrar amigos me enche quando quero ver exatamente essas pessoas, e não apenas “me divertir”. Para quem adora cultivar, um dia na dacha é uma experiência satisfatória, mas para quem é levado até lá pela força, pela saudade e pela tristeza.

As emoções dão energia, mas essa energia pode ser espirrada, ou pode ser direcionada para aquilo que me satura. Então, em vez de perguntar: “Onde posso encontrar emoções positivas”, é melhor perguntar: “O que me preenche?” O que é valioso para mim, quais ações me darão a sensação de que minha vida está se movendo na direção que desejo, e não correndo (ou arrastando) em uma direção incompreensível.

A felicidade não pode ser o objetivo da vidadisse Viktor Frankl. A felicidade é um subproduto da realização de nossos valores (ou da sensação de avançar para realizá-los). E as emoções positivas são a cereja do bolo. Mas não o bolo em si.

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