O método inovador salvou a vida do menino

Cada vez mais se fala sobre as incríveis possibilidades da terapia genética. Essa técnica relativamente jovem foi usada por médicos parisienses em um menino com anemia falciforme congênita. A revista «New England Journal of Medicine» informou sobre o sucesso dos especialistas.

O procedimento foi realizado há 15 meses em um menino de 13 anos com anemia falciforme. Devido à doença, seu baço foi removido e ambas as articulações do quadril foram substituídas por artificiais. Ele tinha que se submeter a transfusões de sangue todos os meses.

A anemia falciforme é uma doença genética. O gene defeituoso altera a forma dos glóbulos vermelhos (glóbulos vermelhos) de redondo para foice, o que faz com que eles se unam e circulem no sangue, causando danos aos órgãos e tecidos internos e fazendo com que se tornem oxigenados. Isso resulta em dor e morte prematura, e transfusões de sangue frequentes que salvam vidas também são necessárias.

O Hôpital Necker Enfants Malades, em Paris, removeu o defeito genético do menino, primeiro destruindo completamente sua medula óssea, onde são produzidos. Em seguida, eles a recriaram a partir das células-tronco do menino, mas as modificaram geneticamente em laboratório. Este procedimento envolveu a introdução do gene correto neles com a ajuda de um vírus. A medula óssea se regenerou para produzir glóbulos vermelhos normais.

O chefe da pesquisa, prof. Philippe Leboulch disse à BBC News que o menino, agora com quase 15 anos, está bem e não apresenta sintomas de anemia falciforme. Ele não sente nenhum sintoma e não requer hospitalização. Mas não há nenhuma questão de recuperação total ainda. A eficácia da terapia será confirmada por mais pesquisas e testes em outros pacientes.

A Dra. Deborah Gill, da Universidade de Oxford, está convencida de que o procedimento realizado por especialistas franceses é uma grande conquista e uma chance de tratamento eficaz da anemia falciforme.

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