Psicologia

Floresta, parque, beira-mar — a paisagem não importa. Ficar na natureza sempre ajuda a parar a “mastigação” obsessiva de pensamentos dolorosos que podem provocar um transtorno mental. E isso só tem um efeito positivo sobre nós. Por quê?

“Caminhar significa ir às florestas e aos campos. Quem seríamos se caminhássemos apenas pelo jardim ou pelas ruas? — exclamou no distante 1862 o clássico da literatura americana Henry Thoreau. Ele dedicou um longo ensaio a esse tópico, cantando a comunicação com a vida selvagem. Depois de um tempo, a justeza do escritor foi confirmada por psicólogos, que provaram que estar na natureza reduz os níveis de estresse e promove o bem-estar.

Mas por que isso está acontecendo? Graças ao ar fresco ou ao sol? Ou nosso desejo evolutivo por extensões verdes nos afeta?

Se uma pessoa permanece nas garras de maus pensamentos por muito tempo, ela está a um passo da depressão.

O psicólogo Gregory Bratman e seus colegas do Departamento de Psicologia da Universidade de Stanford sugeriram que os efeitos positivos da interação com a natureza podem ser devidos à eliminação da ruminação, o estado compulsivo de mastigar pensamentos negativos. Pensamento sem fim de queixas, fracassos, situações de vida desagradáveis ​​e problemas que não podemos parar, — um fator de risco grave para o desenvolvimento de depressão e outros transtornos mentais.

A ruminação ativa o córtex pré-frontal, responsável por regular as emoções negativas. E se uma pessoa permanece nas garras de maus pensamentos por muito tempo, ela está a um passo da depressão.

Mas caminhar pode livrar-se desses pensamentos obsessivos?

Para testar sua hipótese, os pesquisadores selecionaram 38 pessoas que vivem na cidade (sabe-se que os moradores urbanos são particularmente afetados pela ruminação). Após testes preliminares, eles foram divididos em dois grupos. Metade dos participantes foram enviados para uma hora e meia de caminhada fora da cidadeem um vale pitorescocom excelentes vistas da Baía de São Francisco. O segundo grupo teve a mesma quantidade de tempo passear juntocarregadorodovia de 4 pistas em Palo Alto.

Estar na natureza restaura a força mental melhor do que conversar com uma alma gêmea

Como os pesquisadores esperavam, o nível de ruminação entre os participantes do primeiro grupo diminuiu significativamente, o que também foi confirmado pelos resultados de exames cerebrais. Nenhuma mudança positiva foi encontrada no segundo grupo.

Para se livrar da gengiva mental, você precisa se distrair com atividades agradáveis, como um hobby. ou uma conversa franca com um amigo. “Surpreendentemente, estar na natureza é uma maneira ainda mais eficaz, simples e rápida de restaurar a força mental e melhorar o humor”, observa Gregory Bratman. A paisagem, aliás, não importa. “Se não há como sair da cidade, faz sentido dar um passeio no parque mais próximo”, aconselha.

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