Ser mãe no Panamá: o testemunho de Arleth, mãe de Alicia

Arleth e sua família vivem na França, Bretanha, em Dinan. Com o marido, padeiro, têm uma filha, Alicia, de 8 anos. Gravidez, educação, vida familiar ... Arleth nos conta como as mulheres vivenciam a maternidade em seu país de origem, o Panamá.

No Panamá, temos chá de bebê durante a gravidez

“Mas meninas, eu quero minha surpresa! », Disse aos meus amigos franceses… Eles não compreenderam bem a minha insistência. No Panamá, sem gravidez sem chá de bebê organizado por amigos. E como na França, não é costume, preparei tudo sozinho. Mandei convites, fiz bolos, enfeitei a casa e apresentei jogos bobos, mas nos faziam rir. Acho que os franceses gostaram desta tarde quando, por exemplo, tiveram que adivinhar o tamanho da minha barriga até o centímetro mais próximo para ganhar um pequeno presente. Antes escondíamos a gravidez até o 3º mês, mas nos últimos anos, assim que sabemos que estamos grávidas, contamos a todos e comemoramos. Além disso, chamamos nosso bebê pelo primeiro nome assim que o escolhemos. No Panamá, tudo se torna muito americanizado, está vinculado ao canal que une os dois países econômica e socialmente.

Uma cura milagrosa para tratar bebês!

Das nossas avós ficamos com o famoso “Vick”, um unguento de menta e eucalipto que aplicamos em todo o lado e para tudo. É nossa cura milagrosa. Todos os quartos das crianças têm aquele cheiro de menta.

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© A. Pamula e D. Send

No Panamá, as cesarianas são frequentes

Gostei muito do parto na França. Minha família no Panamá temia que eu sofresse muito porque lá, as mulheres dão à luz principalmente por cesárea. Dizemos que dói menos (talvez porque o acesso à peridural seja restrito), que a gente pode escolher o dia ... Enfim, que é mais prático. Damos à luz em clínica privada para famílias abastadas e, para outras, é o hospital público sem acesso a cesárea ou peridural. Acho a França ótima, porque todos se beneficiam do mesmo tratamento. Também adorei o vínculo que fiz com a parteira. Esta profissão não existe no meu país, estando os cargos mais importantes reservados aos homens. Que alegria ser acompanhada e orientada por uma pessoa tranquilizadora, quando as mulheres da família não estão ao nosso lado.

No Panamá, as orelhas das meninas são furadas desde o nascimento

No dia em que Alicia nasceu, perguntei a uma enfermeira onde ficava o departamento de piercing. Acho que ela me levou a loucura! Eu não sabia que era um costume principalmente latino-americano. É impensável que não o façamos. Então, assim que saímos da maternidade, fui ver as joalherias, mas ninguém aceitou! Disseram-me que ela sentiria muita dor. Enquanto no Panamá, o fazemos o mais rápido possível para que eles não sofram e não tenham memória daquele dia. Quando ela tinha 6 meses, em nossa primeira viagem, foi a primeira coisa que fizemos.

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Diferentes hábitos alimentares

O modelo educacional pode parecer mais frouxo em alguns pontos. A comida é uma delas. No começo, quando eu vi isso na França, a gente só dava água para beber às crianças, disse a mim mesma que era muito rígido. Os pequenos panamenhos bebem principalmente sucos - shisha, preparado com frutas e água -, servidos a qualquer hora, na rua ou à mesa. Hoje, percebo que a comida (muito influenciada pelos Estados Unidos) é muito doce. Lanches e lanches a qualquer hora do dia pontuam o dia das crianças. Eles são até distribuídos na escola. Fico feliz que Alicia se alimente bem e fuja desse lanche permanente, mas sentimos falta de muitos sabores: o patacones, as cocadas, Chocao panamenho...

 

Ser mãe no Panamá: alguns números

Licença maternidade: 14 semanas no total (antes e depois do parto)

Taxa de filhos por mulher: 2,4

Taxa de amamentação: 22% das mães amamentam exclusivamente bebês aos 6 meses.

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