Como a África está lutando contra as sacolas plásticas

A Tanzânia introduziu a primeira fase de proibição de sacolas plásticas em 2017, que proibiu a produção e “distribuição doméstica” de sacolas plásticas de qualquer tipo. A segunda fase, que entrará em vigor em 1º de junho, restringe o uso de sacolas plásticas para turistas.

Em comunicado divulgado em 16 de maio, o governo da Tanzânia estendeu a proibição inicial para incluir turistas, citando que “um balcão especial será designado em todos os pontos de entrada para deixar as sacolas plásticas que os visitantes trazem para a Tanzânia”. As sacolas “ziploc” usadas para transportar produtos de higiene pessoal pela segurança do aeroporto também estão isentas da proibição se os viajantes as levarem para casa novamente.

A proibição reconhece a necessidade de sacolas plásticas em alguns casos, inclusive nas indústrias médica, industrial, de construção e agrícola, bem como por motivos de saneamento e gerenciamento de resíduos.

África sem plástico

A Tanzânia não é o único país africano a introduzir tal proibição. Mais de 30 países africanos adotaram proibições semelhantes, principalmente na África Subsaariana, de acordo com a National Geographic.

O Quênia introduziu uma proibição semelhante em 2017. A proibição previa as penalidades mais severas, com os responsáveis ​​sendo condenados a multas de até US$ 38 ou quatro anos de prisão. No entanto, o governo não considerou alternativas, o que levou a “cartéis de plástico” envolvidos na entrega de sacolas plásticas de países vizinhos. Além disso, a aplicação da proibição não era confiável. “A proibição tinha que ser drástica e dura, caso contrário os quenianos a ignorariam”, disse Walibiya, ativista da cidade. Embora outras tentativas de expandir a proibição não tenham sido bem-sucedidas, o país está ciente de sua responsabilidade de fazer mais.

Geoffrey Wahungu, Diretor Geral da Autoridade Nacional do Meio Ambiente do Quênia, disse: “Agora todos estão observando o Quênia por causa do passo ousado que demos. Não olhamos para trás.”

Ruanda também está trabalhando duro na questão ambiental. Ela pretende ser o primeiro país livre de plástico e seus esforços estão sendo reconhecidos. A ONU nomeou a capital Kigali como a cidade mais limpa do continente africano, “graças em parte à proibição de plástico não biodegradável em 2008”.

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