Estudo mostra que as chances de uma mulher ter gĂȘmeos podem ser alteradas com dieta

Um obstetra conhecido por seu foco e pesquisa em gestaçÔes mĂșltiplas descobriu que mudanças na dieta podem afetar as chances de uma mulher ter gĂȘmeos, e que as chances gerais sĂŁo determinadas por uma combinação de dieta e hereditariedade.

Ao comparar as taxas duplas de mulheres veganas que nĂŁo comem produtos de origem animal com mulheres que comem produtos de origem animal, Dr. Gary Steinman, mĂ©dico da equipe do Centro MĂ©dico Judaico de Long Island em New Hyde Park, Nova York, descobriu que os produtos femininos, produtos, sĂŁo cinco vezes mais propensos a ter gĂȘmeos. O estudo foi publicado na edição de 20 de maio de 2006 do Journal of Reproductive Medicine.

The Lancet publicou o comentĂĄrio do Dr. Steinman sobre os efeitos da dieta em gĂȘmeos em sua edição de 6 de maio.

O culpado pode ser o fator de crescimento semelhante Ă  insulina (IGF), uma proteĂ­na que Ă© secretada pelo fĂ­gado de animais – incluindo humanos – em resposta ao hormĂŽnio do crescimento, circula no sangue e passa para o leite. O IGF aumenta a sensibilidade dos ovĂĄrios ao hormĂŽnio folĂ­culo-estimulante, aumentando a ovulação. Alguns estudos sugerem que o IGF pode ajudar os embriĂ”es a sobreviver nos estĂĄgios iniciais de desenvolvimento. A concentração de IGF no sangue de mulheres veganas Ă© aproximadamente 13% menor do que a de mulheres que consomem produtos lĂĄcteos.

A taxa de gĂȘmeos nos EUA aumentou substancialmente desde 1975, mais ou menos na Ă©poca em que a tecnologia de reprodução assistida (ART) foi introduzida. O adiamento intencional da gravidez tambĂ©m desempenhou um papel no aumento de gestaçÔes mĂșltiplas, pois as chances de uma mulher ter gĂȘmeos aumentam com a idade, mesmo sem TARV.

“O aumento contĂ­nuo de gĂȘmeos em 1990, no entanto, tambĂ©m pode ser uma consequĂȘncia da introdução do hormĂŽnio do crescimento nas vacas para melhorar o desempenho”, diz o Dr. Steinman.

No estudo atual, quando o Dr. Steinman comparou as taxas de gĂȘmeos de mulheres que comem normalmente, vegetarianos que consomem leite e veganos, ele descobriu que os veganos dĂŁo Ă  luz gĂȘmeos cinco vezes menos do que as mulheres que nĂŁo excluem o leite de sua dieta.

AlĂ©m do efeito da nutrição nos nĂ­veis de IGF, existe uma ligação genĂ©tica em muitas espĂ©cies animais, incluindo humanos. Em bovinos, as partes do cĂłdigo genĂ©tico responsĂĄveis ​​pelo nascimento de gĂȘmeos estĂŁo prĂłximas ao gene IGF. Os pesquisadores realizaram um estudo em larga escala com mulheres afro-americanas, brancas e asiĂĄticas e descobriram que os nĂ­veis de IGF eram mais altos em mulheres afro-americanas e mais baixos em mulheres asiĂĄticas. Algumas mulheres sĂŁo geneticamente predispostas a produzir mais IGF do que outras. Nesses dados demogrĂĄficos, o grĂĄfico de pontuação dupla Ă© paralelo ao grĂĄfico de nĂ­vel do FMI. “Este estudo mostra pela primeira vez que a chance de ter gĂȘmeos Ă© determinada tanto pela hereditariedade quanto pelo ambiente, ou, em outras palavras, natureza e nutrição”, diz o Dr. Steinman. Esses resultados sĂŁo semelhantes aos observados por outros pesquisadores em vacas, a saber: a chance de parir gĂȘmeos se correlaciona diretamente com o nĂ­vel de fator de crescimento semelhante Ă  insulina no sangue da mulher.

“Como as gestaçÔes mĂșltiplas sĂŁo mais propensas a complicaçÔes como parto prematuro, defeitos congĂȘnitos e hipertensĂŁo materna do que gestaçÔes Ășnicas, os resultados deste estudo sugerem que as mulheres que estĂŁo pensando em engravidar devem considerar a substituição de carne e laticĂ­nios por outras fontes de proteĂ­na, especialmente em paĂ­ses onde os hormĂŽnios de crescimento podem ser administrados aos animais”, diz o Dr. Steinman.

Dr. Steinman vem estudando fatores de nascimento de gĂȘmeos desde que adotou quatro gĂȘmeos idĂȘnticos em 1997 no EMC de Long Island. Seu estudo recente, publicado este mĂȘs no Journal of Reproductive Medicine, sobre gĂȘmeos fraternos, Ă© o sĂ©timo de uma sĂ©rie. Os seis restantes, publicados na mesma revista, focam em gĂȘmeos idĂȘnticos ou idĂȘnticos. Um resumo de alguns dos resultados Ă© apresentado a seguir.  

Pesquisa anterior

Dr. Steinman descobriu que as mulheres que engravidam durante a amamentação sĂŁo nove vezes mais propensas a conceber gĂȘmeos do que aquelas que nĂŁo amamentam no momento da concepção. Ele tambĂ©m confirmou estudos de outros cientistas mostrando que gĂȘmeos idĂȘnticos sĂŁo mais comuns entre meninas do que entre meninos, especialmente entre gĂȘmeos siameses, e que gĂȘmeos idĂȘnticos sĂŁo mais propensos a abortar do que gĂȘmeos fraternos.

Dr. Steinman, usando impressĂ”es digitais, encontrou evidĂȘncias de que, Ă  medida que o nĂșmero de fetos idĂȘnticos aumenta, suas diferenças fĂ­sicas tambĂ©m aumentam. Em um estudo recente sobre os mecanismos do nascimento de gĂȘmeos, o Dr. Steinman confirmou que o uso da fertilização in vitro (FIV) aumenta a chance de ter gĂȘmeos idĂȘnticos: a implantação de dois embriĂ”es dĂĄ Ă  luz trĂȘs bebĂȘs, ele tambĂ©m sugeriu que um aumento de cĂĄlcio ou uma diminuição na quantidade de um agente quelante – ĂĄcido etilenodiaminotetracĂ©tico (EDTA) em ambiente de fertilização in vitro pode reduzir o risco de complicaçÔes indesejadas.

 

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