O que fazer se estiver «preso»

Às vezes as circunstâncias são tão desfavoráveis ​​que somos dominados por um sentimento de completa desesperança e parece que sempre será assim. Sair desse estado é muito difícil, mas ainda vale a pena tentar, garante o psicoterapeuta Daniel Matthew.

O que significa estar preso, ficar confuso, estar em um impasse? Uma pessoa que se encontra em tal situação sente como se estivesse presa em um atoleiro e não pode se mover. Parece-lhe que é inútil pedir ajuda, porque ninguém se importa com ele. Isso é mais frequentemente associado a problemas no casamento, relacionamentos ou no trabalho, baixa auto-estima e insatisfação consigo mesmo.

Este estado é um sinal de que é hora de mudar algo na vida. No entanto, somos retidos pelo medo e pelo desamparo e, como resultado, afundamos cada vez mais fundo.

COMO SAIR

Uma vez em uma situação desesperadora, perdemos a capacidade de pensar com clareza: tudo está coberto por um véu de desespero e outras emoções negativas. Ainda assim, é importante pelo menos tentar não desanimar. Afinal, em um lugar que tomamos por um atoleiro, oportunidades, recursos e dicas podem ser escondidos – eles nos ajudarão a encontrar um ponto de apoio.

Apesar do sentimento de completa desesperança, definitivamente haverá uma saída. Às vezes ajuda olhar para a situação de forma diferente e tentar mudar sua atitude em relação a ela. Mas se isso por si só não for suficiente, talvez as dicas a seguir o ajudem.

Aproveite o tempo para pesar os prós e contras

Não é fácil, mas é preciso avaliar a situação. Reserve pelo menos 15 minutos por dia para refletir sobre a situação atual. Tente ser o mais franco possível consigo mesmo: é importante entender o que exatamente não permite que você decole.

É igualmente importante descobrir as desculpas que você está tentando esconder e anotar quaisquer ideias e soluções, mesmo as mais absurdas. Assumir a responsabilidade por suas escolhas significa retomar o controle de suas ações. É preciso muito esforço, mas depois deles vem a autoconfiança. Ninguém pode interferir no seu desejo de seguir em frente.

Aceite a situação

Chegar a um acordo com as circunstâncias é o primeiro passo para lidar com elas. Isso não significa que você está satisfeito com o que está acontecendo. Você aceita tudo como está para decidir para onde ir, planejar os passos e começar a forjar novos caminhos.

Pense sobre suas ações

Sim, você ainda não tem ideia do que fazer exatamente, mas considere todas as opções possíveis. Por exemplo, converse com uma pessoa imparcial: ela ajudará expressando seu ponto de vista e, talvez, oferecendo uma saída inesperada que simplesmente não lhe ocorreu.

O QUÊ MAIS?

Deve-se perceber que todos nós precisamos de uma quantidade diferente de tempo para liberar: tudo depende do indivíduo e da situação específica. Não se compare com os outros. Você é único e suas circunstâncias não são as mesmas para todos. À frente é um caminho difícil com obstáculos, não uma maratona. Embora possa parecer demorar muito para se mover em pequenos passos, essa é a maneira mais eficaz.

Sempre que você refletir sobre sua situação atual, pense nos passos que está dando agora e marque os passos que deu para ver o que conseguiu. Claro, é importante assumir a responsabilidade e planejar ações futuras, mas é ainda mais importante não se culpar por erros passados ​​e futuros. Às vezes você tem que mudar de direção. Tentativas diárias resolvem muito, mas pausas são necessárias. Cuidar de si faz parte do plano para sair da crise. Esteja atento à sua saúde, entregue-se ao prazer e pratique uma conversa interna positiva.

Não tenha medo de atrasos e obstáculos inesperados. Obstáculos podem atrapalhar, mas depende de você chegar ao seu objetivo pretendido. Olhe para os fracassos e dificuldades como oportunidades com as quais você se torna mais forte.

Em alguns casos, a luta parece inútil devido à ansiedade e outros transtornos neuróticos, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Para ser completamente livre, antes de tudo, você precisa resolver problemas psicológicos.

Se, apesar de seus melhores esforços, você ainda se sentir preso, a psicoterapia é sua melhor aposta. Encontre um especialista competente e lembre-se: tudo ficará bem.


Sobre o autor: Daniel Matthew é psicólogo familiar, psicoterapeuta e especialista em distúrbios neuróticos.

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