6 Regras da Dieta da Informação

Vivemos na era da informação. Vale a pena entrar na Internet, pois as notícias de todo o mundo literalmente caem sobre nós. E antes de tudo, prestamos atenção às tragédias, mortes, cataclismos. Em algum momento, começa a parecer que tudo no mundo está ruim e não há solução. Mas talvez esteja em nosso poder filtrar as informações? Escolha fontes confiáveis, publicações de qualidade? Não se prenda a problemas, mas procure soluções em artigos, programas e livros?

Parece que a notícia em breve levará a um colapso nervoso? “O problema não está na notícia em si, mas na forma como a mídia a apresenta – focando nas tragédias e no sofrimento das pessoas, já que é mais fácil ganhar dinheiro com isso. Consumimos informações prejudiciais à saúde mental e que podem desencadear ansiedade e depressão. Mas está em nosso poder mudar nossa “dieta da informação”, diz a psicóloga britânica Jody Jackson, que estuda o impacto das notícias na psique. Aqui está como podemos fazer isso.

1. Torne-se um consumidor responsável de informações

Muitas empresas foram forçadas a mudar suas práticas sob pressão de consumidores responsáveis. Os meios de comunicação não são diferentes deles. Para gerar renda, eles precisam de um público. E nós, consumidores de informação, podemos escolher com responsabilidade o que vamos assistir. Para isso, é fundamental estarmos informados.

Nelson Mandela disse que a educação é a arma mais poderosa com a qual podemos mudar o mundo. Conhecendo os benefícios e malefícios que as notícias podem trazer, podemos nos tornar consumidores responsáveis ​​de informação. Em nossa dieta midiática, incluiremos apenas aquelas mídias que falam principalmente não sobre problemas, mas sobre como resolvê-los. Isso beneficiará nosso bem-estar mental.

2. Priorize o jornalismo de qualidade

O conflito entre jornalismo de qualidade e jornalismo lucrativo é um problema não só para a mídia, mas também para nós, espectadores e leitores. Conhecemos a sociedade em grande parte pelos meios de comunicação, pode-se até dizer que eles a moldam em parte.

“Quando recebemos informações ruins, tomamos decisões ruins. E não podemos nos livrar da responsabilidade, explicando que nossas ações não afetam nada. Influência — cada pessoa é capaz de mudar alguma coisa. Vamos trabalhar juntos para tornar lucrativo para a mídia imprimir e mostrar notícias de qualidade”, exorta Jody Jackson.

Os líderes tradicionais da indústria de mídia temem a mudança e a experimentação porque isso ameaça sua renda e contradiz sua própria visão. Mas eles podem ser persuadidos por uma demonstração visual.

3. Vá além da «bolha de informação»

Inicialmente, as notícias não eram uma forma de entretenimento, existiam para nos esclarecer e informar, ajudando-nos a aprender mais sobre o mundo além da experiência pessoal. Imagine se instituições e escolas começarem a agir com base no princípio “se dermos aos alunos exatamente o que eles querem, eles definitivamente voltarão para nós”?

Não, sabemos muito bem que as escolas se preocupam com o longo prazo, e não com a satisfação imediata dos anseios dos alunos, e o mesmo deve ser exigido do noticiário. As notícias não devem ser uma forma de entretenimento, e nós, espectadores e leitores, devemos ser mais exigentes.

4. Esteja disposto a pagar pelo conteúdo

Não teremos uma mídia livre e independente se não pagarmos por conteúdo de qualidade. Se os meios de comunicação têm de subsistir com receitas publicitárias, as exigências dos anunciantes terão sempre precedência sobre as necessidades dos telespectadores e leitores. Se queremos que eles se tornem verdadeiramente independentes, devemos estar prontos para apoiá-los – assinar publicações impressas ou online, ou simplesmente fornecer assistência material voluntária a escritórios editoriais que valorizam o jornalismo de qualidade.

5. Vá além das notícias

“Uma pessoa que não lê nada é mais instruída do que uma que não lê nada além de jornais”, disse Thomas Jefferson. Pode-se concordar com ele. Não podemos confiar nos meios de comunicação como a única fonte de informação. No mundo de hoje, existem muitas alternativas, diz Jody Jackson.

As obras de arte nos ajudam a desenvolver emocionalmente, aprender compreensão e compaixão. A não-ficção nos fornece um conhecimento sólido apoiado em pesquisas científicas e nos ajuda a entender o mundo mais profundamente. Os documentários permitem que você analise um problema específico em detalhes.

Podcasts também ajudam a aprender algo novo. Por exemplo, as palestras TED dão a cada um de nós a oportunidade de ouvir os pensadores mais proeminentes do nosso tempo. Informações de qualidade nos permitem tomar decisões informadas e ponderadas.

6. Escolha meios de comunicação que ofereçam soluções

Não importa como nos relacionamos com as notícias, elas ainda afetam nossas ideias sobre o mundo, nós mesmos e os outros. Por isso é tão importante saber como as notícias afetam nossa saúde mental e escolher conscientemente o que queremos assistir e ler. Ao incluir na dieta informativa materiais não apenas sobre problemas, mas também sobre suas soluções, gradualmente começamos a nos inspirar no exemplo de outra pessoa.

Ao observar como os outros conseguem superar vários obstáculos (pessoais, locais, nacionais ou globais), abrimos novas oportunidades para nós mesmos. Infunde esperança e otimismo, dá força – uma espécie de «combustível emocional» que ajuda a desbloquear nosso potencial.

Para mudar o mundo para melhor, não devemos ignorar os problemas, mas obter as informações certas necessárias para resolvê-los em tempo hábil. No mundo de hoje, há uma escolha tão rica de fontes de informação que não precisamos esperar até que a indústria da mídia finalmente comece a mudar. Nós mesmos podemos mudar muito.

Mantendo uma dieta equilibrada de informações que nos mantenha atualizados com os problemas atuais e as possíveis soluções, perceberemos que o mundo está cheio de pessoas incríveis fazendo coisas incríveis. Depende de nós se vamos buscá-los, aprender com eles, ser inspirados pelo seu exemplo. Suas histórias podem nos mostrar como podemos mudar para melhor não apenas a indústria da mídia, mas o mundo como um todo.

Deixe um comentário